José Ataide

O Bahia manteve o bom momento no Campeonato Brasileiro e venceu o Atlético-MG por 2 a 1 na noite deste sábado (12), na Arena Fonte Nova, em partida válida pela 13ª rodada. Com gols de Luciano Juba e Michel Araújo, o Esquadrão alcançou mais um triunfo diante da sua torcida e chegou aos 24 pontos, firmando-se na parte de cima da tabela.

A vitória, no entanto, teve momentos de tensão — gerando reações fortes do técnico Rogério Ceni na beira do campo. Em entrevista coletiva após o jogo, o treinador fez duras críticas à arbitragem e exaltou a entrega dos seus jogadores.

“Hoje a arbitragem não condiz com o que foi o jogo. Foi um desastre. Não queria falar disso, mas é impossível não mencionar. A gente não pode se entregar nunca, e talvez os segundos que permitiram o gol no fim tenham sido por causa daquelas bolinhas que eu peguei (para tirar do campo). Mas os jogadores foram fantásticos, não deixaram de lutar. Que esse seja o espírito sempre”, afirmou.

Ceni também comentou sobre a opção de escalar Lucho Rodríguez no comando do ataque. Willian José começou entre os titulares, mas precisou sair após sentir dores, e o uruguaio entrou em campo, assumindo um papel mais centralizado.

“Falei que Lucho seria usado pelo lado, mas vejo ele como um nove. Hoje, achei que era o momento de colocá-lo. Ele ataca o espaço com velocidade, e durante parte do jogo foi centroavante. Depois, com a entrada de Cauly, voltou para a ponta. Ele já provou que pode fazer essa função centralizada. Vai jogar onde for necessário”, explicou.

Em tom descontraído, Ceni fez referência ao uniforme especial utilizado pelo Bahia, inspirado no Superman, e ironizou a atuação do atacante Hulk, autor do gol do Galo.

“A kriptonita veio do menino de verde, que é o Hulk. Mas o Superman sempre resiste até o final”, brincou. Na sequência, o treinador reforçou o foco no jogo a jogo, evitando projeções longas.

“Não posso te dizer o que a gente mira a longo prazo. É jogo a cada três dias. Vamos tentar vencer aquilo que está mais próximo. O que vier lá na frente, a gente vai ver.”

Outro ponto elogiado pelo treinador foi a parte física da equipe, que vinha de uma maratona de jogos e mesmo assim mostrou intensidade diante de um adversário com forte marcação.

“Eles chegaram muito melhores do que em janeiro. Passamos exercícios para eles manterem o foco na pausa. Hoje me impressionou a competitividade. Jogamos há 72 horas e conseguimos competir em alto nível contra um time pesado como o Atlético. Espero que a gente não pare por aqui. Daqui a pouco tem mais jogo.”

O Bahia de Rogério Ceni agora terá três dias de preparação, quando volta a campo nesta terça-feira (15), às 19h30, novamente na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, para enfrentar o América de Cali, da Colômbia, pelo jogo de ida dos playoffs da Copa Sul-Americana. O confronto de volta acontece no dia 22 de julho, no Estádio Olímpico Pascual Guerrero. Quem avançar encara o Fluminense nas oitavas de final.