José Ataide


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“Precisamos ser justos, o resultado é reflexo do que aconteceu”, diz Ceni após derrota do Bahia para o Cruzeiro

O Bahia teve uma de suas atuações mais apagadas da temporada e foi derrotado por 3 a 0 pelo Cruzeiro, na noite desta quinta-feira (18), no Mineirão, em duelo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols da partida foram marcados por Lucas Romero e Kaio Jorge, que balançou as redes duas vezes.

Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Rogério Ceni reconheceu o desempenho ruim do Tricolor, especialmente na etapa inicial, e demonstrou preocupação com o início irregular da equipe na competição.

“A gente realmente foi mal, um primeiro tempo muito ruim. Não conectamos passes, não tivemos a bola. O resultado é reflexo do que aconteceu, precisamos ser justos”, afirmou o treinador.

Ceni também criticou a postura do time ao recuar excessivamente a bola para o goleiro e destacou os erros de passe como fatores determinantes para o revés.

“O retorno de bola para o goleiro em muitas ocasiões que poderíamos tentar jogar para frente. Muitos erros de passe nós tivemos hoje. O jogo foi fora do que planejamos. Tentamos reforçar o meio de campo com Erick e Jean Lucas ao lado de Caio, mas perdemos o jogo combinado. A nossa característica é ter bola, é jogar, hoje não conseguimos”, avaliou.

O treinador apontou ainda a diferença entre os dois tempos da equipe e lamentou o segundo gol do Cruzeiro, que aconteceu justamente quando o Bahia mostrava sinais de melhora.

“No primeiro tempo a gente teve apenas uma finalização, o Cruzeiro dominou. Atrasamos muito as bolas, isso até rendeu um pênalti ao Cruzeiro. Não conseguimos sair no primeiro tempo, o Cruzeiro dominou. No segundo tempo começou diferente, tivemos mais jogo combinado, Lucho atacou mais espaço, Cauly combinou jogo com Everton, Caio Alexandre e Jean Lucas. Uma pena que o 2 a 0 veio no nosso melhor momento, e foi fatal para a derrota”, analisou.

Ceni também comentou a ausência de jogadores com mais capacidade de articulação, como Everton Ribeiro e Gabriel Nestor, e destacou o desgaste físico como um desafio a ser superado na maratona de jogos.

“Não conseguimos conectar os passes. Everton e Nestor são jogadores que conseguem conectar mais passes. Para jogar com Jean e Erick, temos outras virtudes. A gente jogou como se tivesse o Everton, mas tinha ali um jogador de força. Demoramos para entender. E estivemos abaixo hoje. A sequência é muito pesada. Agora tem o Ceará, depois a Libertadores. Mas vamos com toda energia, ainda são sete semanas, 16 jogos para sobreviver. É difícil, são mais lesões que o normal, mas é um número maior de jogos que enfrentamos desde 21 de janeiro. Você sai de um jogo da Libertadores e enfrenta o Palmeiras. São todos jogos pesados, vamos tentar entender o que podemos fazer para evoluir. Sabemos que caímos de produção, estamos um pouco abaixo”, concluiu.

Sem tempo para lamentações, o Bahia volta a campo na próxima segunda-feira (21), quando enfrenta o Ceará, na Arena Fonte Nova, pela quinta rodada do Brasileirão.