José Ataide


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VP do Metalist critica diretoria do Vitória no ‘caso David’; Fábio Mota rebate

O vice-presidente do Metalist, Yevhen Krasnikov, fez duras críticas a diretoria do Vitória em relação a situação do atacante David. De acordo com o cartola ucraniano, o culpado pelo imbróglio é a cúpula do rubro-negro.

“Agora, quanto ao jogador de futebol David e ao clube de futebol Vitória, foi a primeira vez que encontramos esse nível de falta de profissionalismo, mas claramente seguimos nosso próprio caminho e estávamos prontos para comprar esse jogador de acordo com as obrigações contratuais, que não posso divulgar. A principal razão pela qual o jogador não foi parar no Metallist é a negligência e falta de profissionalismo da gestão do Vitória, que nem preencheu o Certificado de Transferência Internacional (TMS), que é fundamental. Temos outros documentos que confirmam nossa justeza”, disse em entrevista ao site ucraniano sportarena (clique aqui).

 

David foi vendido pelo Vitória ao Metalist por 1,2 milhão de euros (cerca de R$ 7,3 milhões). Até o momento, essa grana não apareceu nos cofres do clube. 

 

O OUTRO LADO

Fábio Mota, presidente interino do Vitória, rebateu as declarações de Yevhen Krasnikov. De acordo com o dirigente rubro-negro, um processo já foi aberto na Fifa para resolver a situação.

“O Vitória fez a negociação com o Metalist. O Vitória tem um contrato assinado com o Metalist e no contrato o Metalist informava que o pagamento seria após que o Vitória enviasse as certidões e assim foram enviadas todas. Dia 24 de fevereiro mandamos um e-mail para o Metalist quando estourou a guerra, dizendo que como teve esse fato superveniente da guerra, qual era a posição do Metalist, quando iria pagar e se o negócio estava mantido e não responderam. Dia 4 de março mandamos outro e-mail. Entramos em contato com o representante do Metalist no Brasil, que informou que estava sem contato com o pessoal da Ucrânia. Entregamos o caso a Bichara, que é o advogado que cuida do caso. E Bichara está fazendo os trâmites lá na Fifa. Antes disso, a gente teria que ter liberado a transferência do jogador e aí mandamos um ofício para Fifa se era para liberar ou não, pois o Vitória não havia recebido o dinheiro em razão da guerra. A Fifa ainda não se manifestou até o momento, e aí autorizamos a Bichara entrar na Fifa com uma ação cobrando o dinheiro da venda do jogador”, afirmou Mota, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Ainda segundo Fábio Mota, a rescisão de David não foi publicada no BID em razão pela não garantia do recebimento do dinheiro, já que as tentativas de contato com o Metalist foram fracassadas.

“Sobre a alegação do vice-presidente do Metalist em dizer que foi negligência do Vitória não ter dado a transferência, não foi assim. O Vitória consultou a Fifa e ainda não obteve a resposta e a guerra estourou. Quando a guerra estourou, como a gente iria dar a transferência de um atleta para um país que está com o sistema bancário desativado, sem receber o dinheiro e sem contato com ninguém? Essa é a razão do Vitória não ter dado a transferência. E o jogador segue com contrato ativo com o Vitória. Estamos aguardando a deliberação da Fifa. Se a Fifa autorizar, vamos liberar, até porque não estamos atrás do jogador e sim do dinheiro da venda”, finalizou.

 

 

Fonte:bn