(Reuters) – Na véspera de seu primeiro confronto com a Argentina, o técnico da seleção brasileira, Tite, declarou que a partida é especial pela história e qualidade dos atletas, e destacou que não há como parar o argentino Lionel Messi, eleito cinco vezes o melhor do mundo.
O treinador brasileiro admitiu que jamais pensou em chegar a esse momento especial de primeiro dirigir a seleção e, depois, comandar o time em um clássico com a Argentina – ele assumiu o Brasil em junho e soma quatro vitórias em quatro jogos até agora.
“Para classificação vale 3 pontos o jogo, mas a dimensão e a história do clássico mostram que esse jogo tem um componente diferente… seria hipocrisia dizer que é um jogo igual aos outros”, disse ele a jornalistas após o treino desta quarta-feira no estádio do Mineirão, local da partida.
“Brasil, Argentina, Chile e Uruguai estão acima das demais devido à qualidade técnica de seus atletas”, emendou.
As duas seleções terão a volta de seus principais jogadores para o duelo de quinta-feira em Belo Horizonte. O Brasil não teve Neymar contra a Venezuela, por suspensão, e Messi não atuou nas últimas partidas da Argentina por lesão. Os companheiros de Barcelona vieram juntos da Espanha no jato particular de Neymar.
Tite revelou sua admiração pelo craque argentino e disse que é impossível parar Messi. A estratégia será diminuir espaços e capacidade de ação do camisa 10 da Argentina.
Por outro lado, destacou Tite, o técnico da Argentina, Edgardo Bauza, também terá que montar uma estratégia para tentar parar o atacante Neymar.
“O desafio é meu e dele também. Não se neutraliza craque mas se diminui as ações, mas como fazer isso, aí é outra história“, afirmou.
Tite e Bauza se enfrentaram na época de Corinthians e São Paulo, com duas vitórias para o brasileiro e um empate. “Os técnicos são componentes, mas não a essência. São duas grandes equipes que vão se enfrentar”, afirmou Tite.
O Brasil vai jogar contra a Argentina com Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Fernandinho, Paulinho e Renato Augusto; Philippe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar.
(Por Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)