José Ataide


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Planalto já começa a negociar votação da PEC dos gastos no Senado

O Palácio do Planalto já mira a votação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos da União e começa a articular as conversas com os senadores para garantir a votação na Casa até a metade de dezembro, informaram à Reuters fontes palacianas.

Este final de semana, Temer conversou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre o cronograma de votação da PEC na Casa. O presidente tenta marcar para a próxima quarta-feira um jantar, possivelmente no Palácio da Alvorada, para apresentar a PEC aos senadores, nos mesmos moldes do que foi feito com os deputados.

“Vai depender do quórum em Brasília, se vai ter senadores na cidade. Este final de semana tem eleições municipais, não podemos esquecer isso”, disse uma das fontes.

A ideia do jantar na quarta-feira é de já apresentar a defesa da PEC aos senadores imediatamente depois da aprovação pela Câmara, em segundo turno, o que deve acontecer na terça-feira.

A avaliação é de que a votação no Senado deverá ser tranquila, sem sustos para a aprovação, mesmo que a oposição faça barulho.

“Não temos ainda um mapa das votações, mas não se imagina grandes dificuldades”, disse uma das fontes.

Apesar de ainda ter que enfrentar a segunda votação na Câmara, a avaliação no Planalto é que não haverá dificuldades. Mesmo que o governo não consiga aumentar os votos em plenário, como planejava, a perspectiva é de que a votação será folgada.

“Segundo turno já tem um fator que é a desmobilização, a ideia de que a situação já está tranquila, então o deputado se sente mais à vontade para não vir, ainda mais em semana de eleição municipal. E, nesse caso especificamente, tem o fator Eduardo Cunha. Muitas vezes ele prefere ficar no Estado a ter que vir aqui, ser cobrado, dar explicações por uma eventual relação”, disse uma das fontes.

Por Lisandra Paraguassu

(Reuters)