José Ataide


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Japão vence Dinamarca

A seleção japonesa mostrou nesta quinta-feira que está com a pontaria afiada na Copa do Mundo. Pelo menos nas jogadas de bola parada. Com dois gols de falta, o Japão venceu a Dinamarca, por 3 a 1, em Rustemburgo. Com o resultado, a equipe nipônica se classificou para as oitavas de final do Mundial e mandou um “sayonara” (adeus, em japonês) para o time dinamarquês, eliminado da competição.

Agora o Japão enfrenta o Paraguai nas oitavas de final. Os paraguaios avançaram em primeiro no Grupo F.

Uma curiosidade: as duas seleções se enfrentaram apenas uma vez em partidas oficiais. Em 1971, a Dinamarca recebeu o Japão, em Copenhagen,e venceu por 3 a 2. Detalhe: o atual técnico da equipe escandinava, Morten Olsen, participou daquele confronto (como jogador).

Os europeus – apostando mais uma vez no 4-3-3 que deu certo contra Camarões – entraram em campo com só um resultado em mente: a vitória. Já os japoneses, com o regulamento em mãos, jogavam pelo empate. Por conta disso, a Dinamarca procurou no início do jogo tocar a bola com agilidade, para criar espaços no forte sistema defensivo adversário.

A seleção japonesa era perigosa quando conseguia justamente interceptar o passe dinamarquês. Aos 17 minutos, após roubar a bola, Hasebe foi derrubado por Christian Poulsen. Honda arriscou de longe e Sorensen – que havia dado um passo a mais para a esquerda no momento da cobrança – aceitou o chute. Festa na Terra do Sol Nascente.

A Dinamarca (melhor nos primeiros quinze minutos) sentiu o golpe dos Samurais Azuis. O experiente Tomasson ainda teve duas boas oportunidades, mas, fora ele, o time de Morten Olsen estava mal.

O que já era ruim ficou pior aos 27 minutos. Em nova cobrança de falta, dessa vez com Endo, o Japão ampliou o placar: 2 a 0. Parece que a passagem de Zico pela seleção japonesa contribuiu para o surgimento de bons batedores. A partir daí, a equipe nipônica se fechou mais ainda e tentou segurar a bola no ataque.

Desespero dinamarquês travado pelo Japão

Logo aos dois minutos da segunda etapa, quase saiu o terceiro gol do Japão (e de falta!). Endo cobrou de longe e Sorensen se atrapalhou todo com a “maldita” Jabulani. A bola ainda pegou na trave antes de sair. Realmente, uma noite para se esquecer do goleiro dinamarquês, que havia falhado no primeiro gol.

O time escandinavo voltou do intervalo pior do que no primeiro tempo. A equipe – em busca desesperada pela virada – errava muitos passes e deixava muitos espaços na defesa. Aos 24, Tomasson (logo ele!) recebeu dentro da pequena área. Porém, conseguiu a proeza de furar o arremate. Não era o dia da Dinamarca.

A seleção japonesa se aproveitava do nervosismo europeu. Criava oportunidades (principalmente com Honda e Hasebe), chutava no gol, mas não balançava a rede. Falta à equipe do técnico o Takeshi Okada um finalizador.

A Dinamarca, aos trancos e barrancos, também chegava. Aos 33, Larsen acertou o travessão nipônico. No minuto seguinte, o time escandinavo conseguiu um pênalti. Tomasson cobrou, Kawashima defendeu, mas o próprio atacante aproveitou o rebote. Empolgada, a seleção dinamarquesa partiu para o abafa nos minutos finais, apostando principalmente nas bolas aéreas.

Mas as lacunas na defesa persistiam. Aos 43, veio o golpe de misericórdia japonês, digno de um verdadeiro samurai. Honda fez linda jogada dentro da área e deixou Okazaki livre para marcar o terceiro. O gol que sacramentou a classificação nipônica para a próxima fase da Copa. Aos dinamarqueses, Sayonara!

FICHA TÉCNICA
DINAMARCA 1 X 3 JAPÃO

Local: Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo (AFS)
Data-Hora: 24/6/2010 – 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Jerome Damon (AFS)
Auxiliares: Celestin Ntagungira (RUA) e Enock Molefe (AFS)
Público: 27.967 presentes
Cartões amarelos: Endo (JAP), Nagatomo (JAP), Kroldrup (DIN), Christian Poulsen (DIN), Bendtner (DIN).
Cartões vermelhos:
Gols: Honda 17’/1ºT (0-1); Endo, 27’/1ºT (0-2), Tomasson, 35’/2ºT (1-2), Okazaki 41’/2ºT (1-3).

DINAMARCA: Sorensen; Jacobsen, Agger, Kroldrup (Larsen, 10’/2ºT) e Simon Poulsen; Christian Poulsen, Jorgensen (Jakob Poulsen, 33’/1ºT) e Kahlenberg (Eriksen, 18’/2ºT); Rommedahl, Tomasson e Bendtner. Técnico: Morten Olsen.

JAPÃO: Kawashima; Komano, Nakazawa, Tulio Tanaka e Nagatomo; Abe; Hasebe, Matsui (Okazaki, 29’/2ºT), Endo e Okubo (Konno, 43’/2ºT); Honda. Técnico: Takeshi Okada.

fonte:  lancenet