Nesta quarta-feira no Beira-Rio, quem comemorou o título da Libertadores foi o Internacional. Com gols de Rafael Sobis, Leandro Damião e Giuliano, o Colorado derrotou o Chivas por 3 a 2, repetiu o placar da partida de ida, no México, e acabou com a sina do vice dos clubes brasileiros no últimos três anos.
Em 2007, o Grêmio perdeu a final para o Boca Juniors (ARG); no ano seguinte foi a vez do Fluminense ser derrotado pela LDU (ECU); e na temporada passada o Estudiantes (ARG) bateu o Cruzeiro na decisão. Além disso, em 2006, quando o Inter foi campeão, o vice também foi um brasileiro (São Paulo). E em 2005, quando o Tricolor paulista levantou a taça, o vice foi o também brazuca Atlético-PR.
Vale lembrar também que o último brasileiro a se sagrar campeão da Libertadores em cima de um clube de fora do Brasil foi o Palmeiras, em 1999, contra o Deportivo Cali (COL), nos pênaltis.
PRIMEIRO TEMPO
Apoiado pela grande torcida presente do Beira-Rio, o Internacional teve de driblar o nervosismo dos primeiros minutos para aí sim conseguir mandar no jogo. Aos poucos, os chutões para frente se transformaram nos toques de qualidade que marcaram o estilo colorado de Celso Roth. A primeira chance veio em cabeçada do volante Sandro, que Luis Michel defendeu no meio do gol.
Mesmo com o domínio da partida, o Inter levou alguns sustos e pagou caro pelas oportunidades desperdiçadas. No primeiro, Fabián conseguiu um ótimo chute, que quase pegou o goleiro Renan desprevinido. No fim, aos 44, o castigo: após cruzamento certeiro de De Luna, Omar Bravo tocou de cabeça para Fabián marcar num lindo voleio.
Antes, o Colorado havia perdido pelo menos três gols. Primeiro num chute fraco de Taison, que o arqueiro mexicano pegou; depois em uma falta cobrada com perigo por D’Alessandro; e por último em uma virada de esquerda do capitão Bolívar. Aos 41, no entanto, a história poderia ter sido diferente. Tudo porque o árbitro Oscar Ruiz assinalou uma saída de bola de forma equivocada no ataque do Inter e ignorou o pênalti de Michel em Rafael Sobis.
SEGUNDO TEMPO
O Inter voltou igual para o segundo tempo. Inclusive com a postura, bem ofensiva. A primeira mostra de que o Colorado ainda acreditava numa conquista ainda no tempo normal foi a arrancada de Taison, que chutou de bico para a defesa atabalhoada do goleiro Michel.
A torcida, que não parou de cantar em minuto algum, enfim pôde soltar o grito de gol aos 16: Tinga fez boa jogada e rolou para Kleber. O lateral-esquerdo do Inter colocou na medida para Rafael Sobis empatar a partida. A partir desse momento a decisão ganhou, e muito, em emoção.
Discussões, faltas mais duras e ataques mexicanos tiravam o fôlego dos torcedores nas arquibancadas. De fato os mexicanos apelaram para o anti-jogo desde o apito inicial do árbitro. E foi assim até o final. Só que antes da primeira expulsão da partida, o iluminado Leandro Damião, que havia acabado de entrar no lugar de Rafael Sobis virou para o Inter: numa linda jogada individual, o atacante colorado roubou a bola no meio de campo, passou por um marcador e bateu forte para virar.
Aos 41, Arellano foi para a rua. O mexicano perdeu a cabeça, entrou forte no argentino D’Alessandro e levou o vermelho. Para coroar a festa, aos 44, o meia Giuliano, artilheiro do Inter na Libertadores, marcou o terceiro e saiu para o abraço. Mais no fim ainda, Araujo descontou para os mexicanos. Mas a alegria foi mesmo toda do Inter: 3 a 2 e o bi da Libertadores.
FICHA TÉCNICA:
INTERNACIONAL 3 X 2 CHIVAS
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).
Data/Hora: 18/8/2010, às 22h (de Brasília).
Árbitro: Oscar Ruiz (COL).
Auxiliares: Abraham González (COL) e Humberto Clavijo (COL).
Renda/público: Não disponíveis.
Cartões amarelos: Bolívar (INT); De Luna, Fabian, Bautista, Omar Bravo (CHI).
Cartões vermelhos:
Gols: Fabian, 42’/2ºT (0-1); Rafael Sobis, 16’/2ºT (1-1); Leandro Damião, 30’/2ºT (2-1); Giuliano, 44’/2ºT (3-1); Araujo, 47’/2ºT (3-2)
INTERNACIONAL: Renan, Nei, Bolívar, Indio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Tinga e D’Alessandro; Taison (Giuliano, 20’/2ºT) e Rafael Sobis (Leandro Damião, 27’/2º).
Técnico: Celso Roth.
CHIVAS: Luis Michel, De Luna, Reynoso, Magallón e Ponce; Báez, Araújo e Fabian; Arellano, Bautista e Omar Bravo.
Técnico: José Luís Real.
fonte: lancenet