José Ataide


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Inter recebe o Chivas para ser bicampeão da América

O Inter entra em campo nesta quarta-feira, contra o Chivas, a um empate do bicampeonato da Copa Libertadores, exatos quatro anos depois de superar o São Paulo. A conquista do segundo título sul-americano pelos colorados vale, também, uma mudança na história. O clube assume um novo papel dentro do continente, põe fim as piadas do rival Grêmio, e possibilita ao técnico Celso Roth a conquista de seu primeiro grande campeonato na carreira.
FORÇA MÁXIMA NA DECISÃO COM CHIVAS
O técnico Celso Roth vai poder contar com todos os titulares do Inter no segundo jogo da final da Copa Libertadores. Sandro, Tinga e Alecsandro participaram de toda a atividade desta terça, no estádio Beira-Rio.

Guiñazu com entorse no tornozelo esquerdo, foi poupado da parte final do trabalho, no tradicional rachão, mas vai para o jogo contra os mexicanos.

Artífice de um novo time, forjado durante a parada da Copa do Mundo, Celso Roth é o defensor de um discurso de respeito ao adversário da decisão, que empurra o clima de ‘já ganhou’ para longe do vestiário. “O Inter não é campeão de nada. Teve a vantagem por trabalhar. Somos profissionais. Temos que saber separar a paixão dentro das situações”, disparou.

Vencer o Chivas na decisão da Libertadores 2010 significa dar um salto. Se solidificar como um clube verdadeiramente internacional. “Somos o único clube brasileiro que nos últimos anos conquistou títulos internacionalmente. Em pouco espaço de tempo, estamos decidindo nossa segunda Libertadores e vamos de novo disputar ao Mundial”, comentou o vice de futebol, Fernando Carvalho.

O sucesso fora do Brasil é um resultado lógico, oriundo de uma equação que reuniu – desde 2002, planejamento no departamento de futebol e grandes projetos envolvendo a torcida. Assim, rendendo mais de 100 mil sócios adimplentes no clube e a chegada de nomes como D’Alessandro, Abbondanzieri e o retorno dos ídolos Tinga e Rafael Sóbis. De 2006 para cá, o clube vermelho faturou seis taças disputadas internacionalmente.

A partida final diante dos mexicanos vale, igualmente, um equilíbrio na disputa regional. O fim de anos de sofrimento para os torcedores. O bicampeonato da América põe colorados e gremistas em igual situação no continente. Vantagem vermelha que aparece no lapso muito menor para o segundo título (quatro anos). Feito que o Grêmio demorou doze para conseguir (1983 e 1995).
Estilo para ser campeão

A demissão do uruguaio Jorge Fossati, às vésperas da Copa do Mundo, abriu um caminho ao Inter. Escolhido pela cúpula, Celso Roth chegou no dia 15 de junho e, aos poucos, foi implantando seu método. Ter a posse de bola, comandar a partida e saber atuar longe de Porto Alegre. Fatos reconhecidos por todos os jogadores. Questões que solidificam o favoritismo vermelho contra o Chivas.

fonte:  UOL