José Ataide


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Grupo preso antes da Olimpíada conversou sobre ataque químico no Rio, dizem fontes

Um grupo de brasileiros preso em julho por suspeita de ligação com terrorismo disse antes dos Jogos do Rio numa sala de bate papo que poderia promover um ataque químico durante a Olimpíada, disseram à Reuters nesta sexta-feira duas fontes com conhecimento do assunto.

Nas comunicações via aplicativo de troca de mensagens Telegram, eles falavam em contaminar estações de água para atingir os alvos, que seriam países que rivalizam com o Islã, de acordo com uma fonte próxima à operação.

“Monitoramos e detectamos conversas desse tipo como ataque a estações de água e contaminação”, disse a fonte à Reuters. “Esse foi um dos motivos que nos levou a uma ação preventiva. Felizmente deu tudo certo nos Jogos, que foram um sucesso.”

A fonte não confirmou se a conversa era um mero desejo ou se havia um projeto em concepção. Durante os Jogos, que ocorreram de 5 a 21 de agosto, as estações eram protegidas por tropas das Forças Armadas.

Um outra fonte próxima ao assunto disse que as ameaças foram monitoradas e destacou que “as autoridades estavam e estão atentas a qualquer suspeita que possa colocar em risco o cidadão de bem”.

“Não se prende pessoas por nada. Estamos atentos aos movimentos, mas sem alarmismo”, acrescentou a segunda fonte.

A Polícia Federal prendeu em 21 de julho 10 pessoas suspeitas de pertencerem a uma célula leal ao grupo jihadista Estado Islâmico e que estaria preparando atos de terrorismo durante os Jogos Olímpicos.

A chamada operação Hashtag foi realizada a partir das quebras de sigilo de dados e telefônicos dos suspeitos. Os advogados deles contestam a prisão, negam ligação com grupos simpatizantes ao terrorismo e tentam o relaxamento da prisão.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

RIO DE JANEIRO (Reuters) –