O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou, nesta sexta-feira (29), durante entrevista, que o governo federal se manifestou sobre a compra do lote com 54 milhões de doses da CoronaVac. Segundo ele, o governo informou que fará a assinatura do contrato na próxima terça-feira (2).
“Com relação à contratação adicional das 54 milhões de doses, hoje, alguns minutos atrás, eu recebi uma comunicação da pessoa responsável pelo departamento de logística do Ministério da Saúde, avisando que o contrato será assinado na terça-feira da próxima semana. É uma notícia que todos nós estamos aguardamos e esperamos que se concretize na próxima terça-feira”, disse.
Na quinta-feira (28), Dimas Covas chegou a dizer que se o governo não se manifestasse, o instituto negociaria diretamente com estados e municípios. Dimas chegou a afirmar que o lote poderia ser exportado para países que já manifestaram interesse na compra.
Nesta sexta, de acordo com o G1, o diretor falou que a exportação de doses para outros países não interfere no cronograma de vacinação do Brasil.
“Com relação aos fornecimentos de vacinas para os países, trouxe uma certa confusão em decorrência até na minha fala na última coletiva. Na realidade, o abastecimento desses países é um contrato entre Sinovac, Butantan e os países, e ele é adicional ao quantitativo de doses que se discute para o Brasil. Nesse momento a Sinovac disponibilizou 500 mil doses para esses países, doses prontas, e essas doses serão liberadas assim que assinem o contrato. Isso não interfere no cronograma do Brasil, isso não é competitivo com a vacinação no Brasil”, disse.
O contrato para a inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, com entrega até 30 de abril, mas com a previsão dessa solicitação de outras 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões. A vacina contra a Covid-19 é produzida em parceria pelo Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac.