Há três jogos o Bahia não marcava gols e colecionava quatro – agora cinco – rodadas sem vitórias. Continua com 36 pontos e perto da zona de rebaixamento.
Recorde batido
O alvinegro catarinense entrou em campo defendendo a quarta melhor campanha no returno, além de pretender buscar posições para disputar a Copa Sul-Americana em 2012. Na última rodada, tinha vencido o Palmeiras, em São Paulo, por 2 a 1. São 10 jogos sem derrotas, podendo superar o recorde de 2004. E conseguiu. Naquela época, o técnico do Figueirense era Dorival Júnior, atualmente no Internacional.
De outro lado, o tricolor baiano vinha de derrota, em casa, para o líder Vasco da Gama, por 2 a 0. E com a 12.ª campanha do returno, apresenta uma pontuação suficiente para continuar fora da zona de rebaixamento. E dentro da manjada filosofia de que “o empate fora é bom e daí nós temos a obrigação de ganhar em casa”.
Marcação perfeita
Mesmo fazendo uma clara opção pelo sistema defensivo, o Bahia usou uma estratégia inteligente. Ficou fechado no meio-campo, com a defesa podendo atuar na sobra.
Mais do que isso, dois jogadores mereceram atenção especial: o rápido Wellington Nem, maior criador de jogadas do time, e o truculento Júlio César, um atacante de referência, que se movimenta com facilidade.
Ficou do jeito que o técnico Joel Santana queria. O Figueirense só conseguiu finalizar de longa distância, facilitando o atento goleiro Marcelo Lomba. A melhor chance do time da casa saiu dos pés de Wellington Nem, que invadiu a área pelo lado esquerdo e bateu cruzado. A bola parecia ter o caminho das redes, mas caprichosa, bateu no pé da trave e voltou para o campo.
Tricolor ainda tentou…
E o Bahia ainda levou perigo, em alguns lances, em contragolpes. Só precisava ter mais velocidade para chegar em melhores condições de conclusão.
“É o que nós vamos tentar melhorar no segundo tempo. Mas não podemos descuidar a marcação, porque o time deles é muito forte”, alertou Joel Santana.
E a reação?
No intervalo, de forma marota, a administração do estádio ligou o sistema de irrigação, deixando o gramado mais rápido. E o Figueirense também entrou com outra vantagem: o forte vento a seu favor.
Os dois times voltaram iguais. Nos primeiros minutos, porém, o volante Maicom sentiu uma lesão muscular e o técnico Jorginho Campos foi arrojado ao colocar o meia Fernandes, a velha estrela do time.
Mas quem saiu na frente foi o Bahia. Após o levantamento na área, o grandalhão Souza ajeitou para trás. De virada, Diones bateu e a bola desviou na defesa e enganou o goleiro Wilson. Aos nove minutos, 1 a 0, Bahia.
Não deu tempo de festejar, porque no minuto seguinte, Fernandes recebeu de fora da área, ajeitou e soltou a bomba com efeito. A bola morreu no ângulo de Marcelo Lomba, empatando aos 10 minutos. Este foi o 105.º gol dele no time de Floripa, onde atua desde 1999.
Torcida acordou
Acompanhando o ânimo da torcida, que passou a participar mais do jogo, o tié também reagiu positivamente dentro de campo. E apertou o Bahia no campo defensivo. Jorginho arriscou mais no ataque, ao tirar o meia Elias para a entrada do atacante Aloísio, passando a atuar com três atacantes.
A pressão era grande, abrindo a perspectiva de que o gol sairia logo. E isso aconteceu aos 23 minutos. Júlio César começou a jogada pelo lado direito da área, passando por dois adversários. E fez o passe para Fernandes, na meia lua da área. Ele ajeitou e bateu no canto direito de Marcelo Lomba, que estava com a visão encoberta. Seu 106.º gol pelo clube.
Depois disso, o Bahia ainda tentou ir ao ataque, com trocas de Joel Santana. Mas o Figueirense se fechou bem, inclusive, com a troca do atacante Welington Nem pelo zagueiro João Paulo.
Próximos Jogos
Os dois times voltam a campo no sábado à noite. O Figueirense vai sair contra o Botafogo, no Engenhão, enquanto o Bahia vai receber o São Paulo, no Barradão, em Salvador.
Local
Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC)
Assistentes
Marcelo Carvalho Van Gasse e Vicente Romano Neto
Figueirense
Wilson;
Bruno, Roger Carvalho, Edson Silva e Juninho;
Ygor, Túlio, Maicon (Fernandes) e Elias (Aloísio);
Wellington Nem (João Paulo) e Júlio César.
Técnico: Jorginho Campos
Bahia
Marcelo Lomba;
Marcone,Titi, Paulo Miranda e Dodô;
Fabinhol, Camacho (Jones Carioca), Hélder (Nikão) e Jones (Júnior);
Gabriel e Souza
Técnico: Joel Santana