NOVA YORK (Reuters) – Um ex-presidente da federação de futebol da Venezuela se declarou nesta quinta-feira culpado de acusações feitas nos Estados Unidos em decorrência de uma investigação abrangente de propina envolvendo a Fifa, a entidade que gerencia o futebol mundialmente.
Rafael Esquivel, que também foi vice-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), apresentou sua declaração a um tribunal federal do Brooklyn, em Nova York, relativa a acusações de que recebeu suborno para conceder contratos de direitos de transmissão e de marketing para torneios internacionais.
Esquivel, de 70 anos, assumiu a culpa por uma conspiração para extorquir, três acusações de conspiração de fraude eletrônica e três acusações de lavagem de dinheiro, e também concordou em devolver mais de 16 milhões de dólares.
“Esquivel usou sua influência como dirigente de futebol para obter milhões de dólares em pagamentos de propina de co-conspiradores que enviavam os pagamentos de contas em bancos no exterior para contas que Esquivel controlava”, disseram os procuradores norte-americanos em um comunicado.
Os advogados de Esquivel não responderam de imediato a um pedido de comentário.
Ele enfrenta uma sentença máxima de 20 anos de prisão por cada acusação. Sua audiência de determinação da pena será marcada para uma data posterior, de acordo com documentos do tribunal.
(Reportagem de Nate Raymond e Mica Rosenberg em Nova York)