Cotado para ser uma das apostas do técnico Dunga na ausência de Neymar nos primeiros dois jogos nas eliminatórias, o atacante Douglas Costa afirmou que o Brasil tem de aprender a jogar sem o astro do Barcelona e que está pronto para cumprir sua missão na seleção.
Douglas Costa vem sendo uma das sensações do poderoso Bayern de Munique, mas ainda não mostrou todo o seu potencial na seleção, mesmo sendo titular nos dois últimos amistosos, contra Costa Rica e Estados Unidos, em setembro. “Não penso em substituir Neymar na ausência dele. Tenho que fazer o meu trabalho. Neymar é fantástico e teremos que aprender a lidar com isso”, declarou Douglas Costa a jornalistas em Santiago, onde o Brasil enfrenta o Chile na quinta-feira. O segundo jogo é contra a Venezuela, em Fortaleza, na terça-feira da semana que vem.
Nos amistosos nos EUA, o ataque brasileiro foi formado por Hulk e Douglas Costa, com Neymar no banco, numa clara experiência visando as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
Contra a Costa Rica o time teve dificuldades, mas jogou melhor contra os norte-americanos, principalmente depois da entrada de Neymar a vitória brasileira ficou mais tranquila.
“Teremos nas eliminatórias Chile, Argentina, Colômbia e outros times de qualidade, todos os jogos serão muito difíceis”, disse ele. “Mas temos qualidade e somos o Brasil.”
O grupo brasileiro está praticamente completo no Chile e Dunga deve confirmar o time titular para a estreia nas eliminatórias até quarta-feira. Parte do treino desta terça foi fechado à imprensa.
Uma orientação da comissão técnica é evitar a catimba e o jogo amarrado típicos de partidas na competição. “Temos que ter cabeça no lugar e inteligência. Não podemos perder a cabeça”, disse o zagueiro David Luiz.
O Chile sempre foi considerado um freguês do futebol brasileiro, mas desta vez o Brasil não é mais o favorito diante dos últimos tropeços e do bom momento do adversário.
“Teremos muito tempo nas eliminatórias para nos prepararmos, crescer e evoluir”, disse o defensor.
(Por Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)
(Reuters)