José Ataide


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Conmebol, Flamengo e River Plate decidem: final da Libertadores será em Lima no dia 23 de novembro

A final da Copa Libertadores de 2019, entre Flamengo e River Plate, será no Estadio Monumental de Lima, no Peru, às 17h (de Brasília).

A decisão foi tomada nesta terça-feira, numa reunião organizada pela Conmebol que durou cerca de cinco horas, da qual participaram os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do River Plate, Rodolfo D’Onofrio. Também estavam no encontro os presidentes da CBF, Rogério Caboclo, e da AFA, Claudio Tapia.

Monumental de Lima sediará a primeira final única da Libertadores — Foto: Daniel Gamba/Arquivo pessoal

Monumental de Lima sediará a primeira final única da Libertadores — Foto: Daniel Gamba/Arquivo pessoal

A capacidade para 80 mil pessoas do Estadio Monumental pesou na escolha. A diferença do horário é de apenas 30 minutos mais cedo se comparado com o que estava definido para Santiago, o que a Conmebol vê como benéfico já que seria um horário interessante para passar na Europa.

O jogo estava inicialmente previsto para o Estádio Nacional, em Santiago, onde cabem 50 mil pessoas. Mas os protestos que abalam o Chile há mais de três semanas tornaram impossível a manutenção do plano original.

Protestos no Chile impediram a realização da final da Libertadores na capital Santiago — Foto: Henry Romero/Reuters

Protestos no Chile impediram a realização da final da Libertadores na capital Santiago — Foto: Henry Romero/Reuters

Em conjunto, a confederação continental e os clubes não quiseram correr os riscos de manter o jogo na capital chilena – e nem expor torcedores e patrocinadores a situações de perigo.

Também pesou o fato de o futebol chileno estar paralisado há mais de três semanas, quando começaram os protestos. Na véspera da reunião na Conmebol, o prefeito de Santiago, Felipe Guevara, declarou que não faria sentido organizar uma partida internacional antes da retomada do futebol local.

Em maio deste ano, Lima foi trocada por Assunção como sede da final da Sul-Americana. Na ocasião, a Conmebol alegou falhas em “questões de organização” para realizar a decisão, que será na capital do Paraguai. Mais cedo, em fevereiro, a Fifa optou por retirar o Mundial Sub-17 do país e transferir para o Brasil, onde está sendo realizado neste mês.

Nesta sexta-feira, um amistoso entre as seleções de Chile e Bolívia, que estava previsto para o dia 15 de novembro em Concepción, também foi cancelado.

A postura da Conmebol sobre a situação do Chile foi mudando ao longo das últimas semanas. Quando os protestos começaram, a confederação avaliou – com base nas informações que recebia do governo chileno – que tudo se acalmaria até a decisão da Libertadores.

Na semana passada, com o cancelamento da COP-25 (Conferência do Clima) e da APEC (Cúpula da Aliança Ásia-Pacífico), o sinal amarelo acendeu na Conmebol. Ainda assim, depois de novas conversas com as autoridades do Chile, decidiram manter o jogo em Santiago. A ministra do Esporte chilena, Cecília Perez, chegou a bancar a realização do jogo em uma entrevista coletiva.

Nesta semana, a temperatura subiu e não restou opção a não ser tirar o jogo do Chile. Na tarde de segunda-feira, uma reunião por telefone entre os presidentes da Conmebol, CBF e AFA, ficou claro que não haveria condições para manter a partida em Santiago. Ainda faltava ouvir a posição dos clubes. Por isso Landim e D’Onofrio foram convocados para a reunião desta terça em Luque, quando o martelo foi batido.

Fonte: Globo Esporte