José Ataide


Publicidade


Confusão

O clima de tensão na derrota do Palmeiras para o rival Corinthians não se resumiu ao que foi visto no gramado pelos torcedores, com expulsão e briga entre os jogadores. Nas arquibancadas, nas cadeiras e nos camarotes do Pacaembu os ânimos também estavam exaltados. Maioria no estádio, os palmeirenses brigaram entre si, com a polícia e xingaram dirigentes.


O primeiro gol do Corinthians, aos 21 minutos de jogo, desatou a tensão entre os torcedores. Romarinho comemorou em frente à arquibancada onde estavam os palmeirenses, que se indignaram e arremessaram copos e garrafas de água no gramado. Nas cadeiras, Roberto Frizzo, vice-presidente do Palmeiras, era o alvo da torcida.

O cartola assistia à partida ao lado da família. Após o gol de Romarinho, foi reconhecido por alguns palmeirenses que começaram a xingá-lo. Dois chegaram a ameaçar o dirigente, dizendo que ele merecia apanhar. Três seguranças protegiam Frizzo. O jogo recomeçou e o clima esfriou.

Quando o primeiro tempo encerrou, Frizzo deixou o local e voltou a ser xingado. O cartola viu o segundo tempo de um camarote no Pacaembu.

A área VIP, porém, não estava isolada da tensão do jogo. Um funcionário da Federação Paulista de Futebol diz ter sido agredido por um conselheiro do Palmeiras. Segundo testemunhas, o dirigente xingou o representante da federação e reclamou da arbitragem. Depois, o teria empurrado.

“Eu sou palmeirense também. Ele não pode fazer isso. Vou chamar a polícia. Ele vai sair preso”, gritava. Logo após a ameaça, o funcionário voltou ao seu lugar para assistir o segundo tempo da derrota do Palmeiras. A polícia não foi chamada.

No final do jogo, integrantes de uma torcida organizada do Palmeiras foram em direção ao camarote do presidente do clube. Eles invadiram as cadeiras, mas foram contidos pela polícia. Três homens foram presos.

Fonte: UOL