José Ataide


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Brasil vai receber 4 técnicos estrangeiros em novembro para debates

Ciente do momento difícil que atravessa o futebol brasileiro e da necessidade de evoluir para recuperar o respeito e o reconhecimento internacional, a comissão técnica da seleção brasileira disse que vai receber em novembro quatro técnicos estrangeiros para uma troca de ideias e experiências.

Os convites já foram feitos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e os nomes são guardados em sigilo.

“São técnicos europeus, mas pretendemos chamar sul-americanos. Eu quero (treinadores) com essa visão também”, declarou o coordenador técnico da seleção brasileira, Gilmar Rinaldi, a jornalistas nesta quarta-feira.

A CBF gostaria de trazer nomes de ponta em atividade na Europa, mas a liberação de profissionais em meio de temporada dificulta a vinda de técnicos do porte do espanhol Pepe Guardiola, que dirige a equipe do Bayern de Munique. O time dele, por exemplo, conta com brasileiros como Rafinha, Dante e Douglas Costa, que esteve na Copa América e foi chamado para os amistosos de setembro contra Costa Rica e Estados Unidos.

“Tem treinadores europeus que estão trabalhando e atuando… mas no momento certo a gente chama também o Guardiola”, afirmou Rinaldi, que participou de encontro com ex-jogadores na sede da CBF.

O encontro com os treinadores estrangeiros não deve ficar restrito à seleção principal, e os técnicos da base também podem participar.

“A ideia é que a gente possa entender métodos de trabalho, questionar, fazer perguntas e entender o universo lá de fora. Aí sim avaliar e ver o que possa ser adaptado”, disse o coordenador técnico da seleção brasileira.

Em recentes viagens à Europa, a comissão técnica do Brasil visitou alguns clubes europeus e teve contato com profissionais como Carlo Ancelotti, Luiz Henrique (Barcelona), Mourinho (Chelsea), a comissão técnica da Holanda, entre outros.

”Gosto muito dos estrangeiros e brasileiros. Acho que não dá para diferenciar. O importante é haver intercâmbio e como eles vieram estudar nosso futebol, nós temos que saber também o que eles estão fazendo”, declarou. “Foi algo rico para nós, e para eles também acho que foi proveitoso.”

RIO DE JANEIRO (Reuters)