O dirigente máximo do atletismo mundial defendeu vigorosamente nesta segunda-feira o histórico antidoping da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), depois que organismos desportivos mundiais pediram uma investigação profunda sobre recentes alegações que mergulharam a modalidade em uma crise.
O jornal Sunday Times, da Grã-Bretanha, e a emissora ARD/WDR, da Alemanha, informaram no domingo que tinham obtido dados secretos da Iaaf, fornecidos por um delator, que indicam suspeitas de doping generalizado no atletismo.
“Há alegações feitas, nenhuma evidência. Queremos examiná-las a sério porque dizer que no atletismo entre 2001 e 2012 não fizemos um trabalho sério com os testes é risível”, disse à Reuters o presidente da Iaaf, Lamine Diack, em resposta às denúncias.
Os documentos, divulgados apenas algumas semanas antes do Mundial de atletismo, assinalam que foram levantadas suspeitas de doping contra um terço dos medalhistas em Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais no período.
Os relatórios não informam quais atletas tinham falhado nos testes de doping, apenas dizem que os resultados tinham sido anormais, o que algumas vezes pode ser um sinal de trapaça.
As alegações são o mais recente revés a manchar o mundo multibilionário do esporte, após o escândalo de corrupção na Fifa.
O atletismo é uma parte central dos Jogos Olímpicos, o único evento esportivo que rivaliza com a Copa do Mundo de futebol em escala e que atrai bilhões de dólares de patrocinadores como a Coca-Cola, Panasonic, Visa e McDonald’s.
Por Ossian Shine
KUALA LUMPUR (Reuters)