A Agência Mundial Antidoping (Wada) está considerando proibir países cujos atletas regularmente são flagrados em exames antidoping após uma série de golpes prejudiciais ao esporte nos últimos dias, de acordo com o presidente do órgão, Craig Reedie.
O dirigente disse em entrevista à CNN que tal impedimento poderia ser “um instrumento muito brusco” na guerra contra as drogas, mas ele aguarda um relatório da sua comissão independente antes de decidir avançar com a estratégia.
A Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf) está sob pressão por não acompanhar os resultados de testes suspeitos de mais de 800 atletas, entre 2001 e 2012, com base em uma investigação do jornal britânico Sunday Times e da emissora alemã ARD/WDR.
“O fato de que isso está sendo discutido como uma potencial sanção não é totalmente inútil”, disse Scot Reedie, de 74 anos, à CNN sobre a implementação de uma proibição geral de países com atletas flagrados no doping.
“É uma sanção muito, muito grave, porque tende a ser um instrumento muito brusco. Talvez seja necessário. Eu não tenho certeza. Isso nunca foi feito antes.”
“Eu gostaria de esperar até ver o que a minha comissão especialista diz sobre isso”, completou.
Reed disse que nenhum país jamais foi banido de uma competição como os Jogos Olímpicos por causa de um atleta com caso positivo de doping, mas que havia um precedente de nações suspensas por entidade em um esporte individual.
No domingo, o jornal britânico e a ARD/WDR informaram que uma pesquisa de 2011 revelou que até um terço dos principais competidores do mundo admitiu ter usado substâncias proibidas para melhorar o desempenho.
(Reportagem de Mark Lamport-Stokes, em Los Angeles)
(Reuters)