Ao longo dos quase 100 anos de história, o duelo entre Flamengo e Vasco se tornou o “Clássico dos Milhões” pela capacidade de mobilizar multidões. Os adversários desta quinta, no Maracanã, pelo Carioca, no entanto, vivem momentos distintos. Atualmente, são os milhões de reais que os distanciam. Além disso, um aposta na manutenção, enquanto o outro passa por reformulação.
O Flamengo tem uma folha salarial aproximadamente sete vezes maior do que a do Vasco, que reduziu suas despesas com o elenco em torno de 35% após a queda para a Série B. A diretoria estima que perderá cerca de R$ 100 milhões em receitas por causa do rebaixamento. Em 2021, a receita deve ficar na casa de R$ 100 milhões, segundo as contas da direção. No balanço do ano passado, por exemplo, o clube previa R$ 324 milhões, documento elaborada na na gestão do ex-presidente Alexandre Campello.
Para 2021, o Flamengo tem previsão de renda bruta de R$ 953 milhões, mas há o risco enorme de não conseguir alcançar este valor por causa dos problemas com bilheteria e sócio-torcedor.
O cenário nem foi sempre esse. Há algumas décadas os duelos entre Vasco e Flamengo eram equilibrados dentro e fora de campo. Atual presidente do Vasco, Jorge Salgado é figura emblemática nesse contexto. Responsável por tentar a reestruturação do clube de São Januário nos dias de hoje, o dirigente era o vice de finanças quando o Vasco comprou à vista o passe de Bebeto e o tirou do Flamengo, em 1989.